A jornada diária no aterro sanitário de Gramacho, na região metropolitana do Rio de Janeiro, é um inferno para os 5 mil catadores de lixo que ganham a vida entre toneladas de resíduos, apesar da concorrência dos urubus e de sua própria fome.
Os catadores de lixo são a base de uma pirâmide de trabalho ameaçada por técnicas de reciclagem que começaram a ser incorporar pelas grandes indústrias.
O "Lixão" ocupa uma área de um milhão de metros quadrados nas margens da Baía de Guanabara, e recebe uma média diária de 10 mil toneladas de resíduos vindos do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nilópolis e São João de Meriti. Volume que equivale a 85% do lixo urbano gerado a cada dia no Rio de Janeiro.O lixão ferve a qualquer hora do dia, mas ninguém parece preocupado. A obsessão é encontrar uma garrafa aqui, uma lata ou um pedaço de ferro ali, ou um papel acolá."Esse é o trabalho mais sacrificado do mundo. O trabalho sujo que ninguém quis fazer", disse o presidente da Associação de Catadores de Gramacho, Paulo Roberto Gesteira de Souza.
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